Ao longo dos últimos tempos é de notar uma certa degradação dos canais generalistas. A RTP, SIC e TVI já não têm a força que tinham há alguns anos atrás, já não prendem o telespectador e continuam a apostar em programas que de novo nada acrescentam.
Tal degradação é bem visível nas audiências já que os telespectadores começam a ver cada vez mais os canais da cabo, que têm uma oferta mais específica e direccionada para certos públicos. Para terem uma ideia, há cerca de dois, três anos, o conjunto de canais da cabo apresentavam um share que rondava os 18%, hoje, no seu conjunto, os canais da cabo são líderes e chegam mesmo a atingir shares de 32%. Ao mesmo tempo que vimos um aumento substancial da cabo, também podemos observar que as generalistas se encontram cada vez mais próximas e entre estas a liderança já não é fixa. A TVI é líder há 60 meses, mas a sua liderança que era forte há alguns anos atrás, é hoje frágil e chega mesmo a perder para a SIC e RTP, pelo que pouco distingue estes três canais.
Eu próprio posso dizer que cada vez fico mais saturado com o que vejo na televisão! Os programas da manhã e da tarde são um bom exemplo disso. Apostam todos nos mesmos conteúdos e seguem todos um rumo que pouco os individualiza. Obviamente, estes programas, apesar da sua matriz comum, apresentam também bons momentos de humor e conteúdos interessantes que são bem abordados tanto pelos apresentadores como pelos convidados, e é de notar, também, um certo esforço que é feito por alguns programas para se demarcarem um pouco deste estigma, mas é preciso fazer mais! Ao lado dos programas diários vêem as telenovelas que ocupam grande parte da programação diária das estações e que denotam também uma acentuada queda nas audiências, contribuindo também para o desinteresse das pessoas em relação às TV's generalistas.
Lembram-se do 1º Big Brother e de como revolucionou o país? Já não se vêem programas que tenham a capacidade de prender as pessoas e parar o país! Era óptimo que aparecesse um programa que revolucionasse de novo a televisão portuguesa que é disso que precisamos.
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