Muitas vezes os homens são acusados de interferirem nos desígnios de Deus. Argumentos deste tipo surgem muitas vezes quando se fala de Eutanásia, aborto ou reprodução mediacamente assistida, no entanto, pela lógica, tal argumento deveria ser aplicado a todas as situações do nosso dia a dia e seguindo o raciocínio, as pessoas, por exemplo, não deveriam ser medicamente tratadas quando tivessem qualquer tipo de doença, o que é impensável.
Se Deus criou o Homem (pressuposto religioso) à sua imagem e semelhança e dotou-o com a inteligência e as capacidades necessárias para questionar o mundo, usufruí-lo e transformá-lo conforme as suas necessidades, será que estaremos a interferir nos desígnios de Deus quando se cria a tecnologia necessária, por exemplo, para permitir que pessoas inferteis sejam pais? Nasceram inférteis, é certo, mas nós, produto de Deus, também temos a capacidade de reverter a situação.
Chegamos a um paradoxo que me parece válido para contrariar a ideia, às vezes muito opurtuna, de que interferimos nos desígnios de Deus.
2 comentários:
hoje enquanto apresentavas deparei-me com essa questao... qual a posiçao da igreja em relaçao às tecnicas medicamente assistidas?? bem, um dia hei-de ter uma resposta.... :D
boa observaçao Bruno!!!
Eu acho que a igreja tem que evoluir e deixar de basear-se em ideias por vezes desactualizadas e que muitas vezes não percebemos de onde vêem...
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