Durante a semana passada foi debatido na sede da ONU o conflito entre Israel e a Palestina, conflito esse que dura há quase cinquenta anos e que parece nunca mais ter fim. Durante a discussão, a Palestina apresentou formalmente o pedido de reconhecimento do estado palestiniano perante a ONU, pois, apesar das conversações durarem há anos, o ponto de situação é sempre o mesmo e o conflito mantém-se.
Tudo isto começou após a 2ª Guerra Mundial quando havia a necessidade de criar um estado que protege-se os judeus, o estado de Israel. Perante tal necessidade, a ONU decidiu dividir aquela área do Médio Oriente entre os estados de Israel e da Palestina, no entanto, de imediato os países muçulmanos da região declararam-lhe guerra e invadiram o território israelita. Apesar disto, Israel defendeu-se e manteve a sua supremacia, começando a conquistar terreno à Palestina. Hoje, Israel continua a invadir o território palestiniano e controla grande parte dele, estando a Palestina restrita a pequenas áreas de terreno. Os palestinianos querem recuperar a sua independência, motivo pelo qual apresentaram o pedido de reconhecimento à ONU.
Como em tudo que se passa no mundo, neste caso também existem muitos e complexos interesses políticos e religiosos associados, já que Israel é a representação de um mundo desenvolvido com valores cristãos e a Palestina símbolo de um mundo sub-desenvolvido sobe a alçada de valores muçulmanos. É certo que ambos os países têm a sua cota parte de razão e disso não duvido, no entanto, não concordo com o facto de se passar a imagem de que Israel não tem culpas no cartório, já que mesmo depois do cessar fogo há uns anos atrás, Israel continuou a conquistar território e a alargar as fronteiras, mantendo o bloqueio económico à faixa de Gaza.
Sou a favor da criação do estado da Palestina e fundamentalmente a favor da paz na região. Os palestinianos, como qualquer outro povo, têm direito à independência e têm direito à liberdade, não devendo qualquer interesse ser impeditivo disso.
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